PARADIGMAS EMPRESARIAIS...


...ou melhor, PARADIGMAS HUMANOS!




Empresas & Dinheiro & Lucro são sinônimos de VERDADES ABSOLUTAS.

Mas... as religiões também são assim!

Também o mundo científico/acadêmico é assim!

E sobretudo o cérebro humano é assim! Para o cérebro humano o EU inquestionavelmente existe como entidade à parte, sendo, com a mais absoluta das certezas, uma essência e não como de fato é, um pensamento contido no próprio ato de pensar!

Embora todos estes universos, inter-contidos, se constituam apenas como jogos psicológicos, jogos do pensamento, jogos de imagens mentais, são tidos pela mente humana como verdades inquestionáveis.

Já a verdade científica determina que tudo é relativo no universo!

Aparentemente, num primeiro instante, parece que pensar e conceber o mundo como uma verdade estanque, pré-concebida e formatada, trás mais conforto psicológico! Mas a verdade é que nos sentimos na corda bamba! Vivemos com medo! As incertezas deste mundo, deste jogo, nos ameaçam!

Porque então não abandonamos esta “blindagem mental” que não funciona e procuramos de fato segurança real?

Primeiramente precisamos nos perguntar se existe tal mundo ou tal possibilidade onde estejam presentes confiança, segurança física concreta, paz, conforto, abundância, prosperidade efetiva, união!

Se eu deixar que um outro ser humano como eu, vivente ou póstumo, pessoalmente ou por escrito, em um livro, um papiro, um bloco de argila responda esta importante pergunta por mim, estarei condenado. Somos todos inquestionavelmente iguais, frágeis, perdidos. A verdade é que não sabemos. A vida não é algo que caiba num saber, no cérebro de algum de nós.

Isto não quer dizer que estejamos irremediavelmente perdidos e condenados à cegueira eterna. Em absoluto não é isto! É preciso entender precisamente as limitações e formas de funcionamento do cérebro. Cabe a ele nos conduzir à verdade e não, “saber”, se apossar dela. A verdade é algo para ser visto, com os olhos da consciência, inteligência, com a própria vida. Estes são atributos supra-cerebrais! Não é possível entender a vida, mas apenas SER a vida!

A causa das nossas confusões, conflitos e medos é que o cérebro está a fazer uma tarefa que não lhe compete, para a qual não nasceu para executar. Esta não é uma observação mística, própria do pensamento supersticioso do cérebro, mas algo que pode ser observado e localizado cirurgicamente por qualquer ser humano.

Se chegamos a este nível de esclarecimento, a nossa mente automaticamente serena e se torna lúcida, clara, em paz. O seu potencial pleno pode ser exercido o que inclui o cerebral e os níveis de inteligência que dispomos. Isto permitiria criarmos o mundo cogitado acima de perfeita segurança, paz aconchego e fartura.

Ora onde estaria esta tal inteligência que não é o cérebro?

Quando o cérebro não entende um fato, tende a mistificá-lo e isto gera inequivocamente MEDO!

A inteligência está no cérebro (bem como em qualquer órgão) e na verdade em tudo! A inteligência é o cérebro, mas o cérebro não é a inteligência! O cérebro tem uma delimitação natural e se circunscreve dentro dela apenas. A inteligência está em tudo, posto que tudo que se entende por matéria é inteligente e possui níveis de consciência!

O cérebro, através do seu EU, se entende como um ser isolado e delimitado! Entretanto a realidade não se limita a circunscrições preferenciais ou escolhidas, ou a pre-definições, ou a PARADIGMAS!



Segundo a Wikipédia:


Paradigma é um conceito das ciências e da epistemologia (a teoria do conhecimento) que define um exemplo típico ou modelo de algo. É a representação de um padrão a ser seguido. É um pressuposto filosófico, matriz, ou seja, uma teoria, um conhecimento que origina o estudo de um campo científico; uma realização científica com métodos e valores que são concebidos como modelo; uma referência inicial como base de modelo para estudos e pesquisas.

Thomas Kuhn (1922-1996) , físico célebre por suas contribuições à história e filosofia da ciência em especial do processo que leva à evolução do desenvolvimento científico, designou como paradigmáticas as realizações científicas que geram modelos que, por períodos mais ou menos longos e de modo mais ou menos explícito, orientam o desenvolvimento posterior das pesquisas exclusivamente na busca da solução para os problemas por elas suscitados.

Em seu livro a Estrutura das Revoluções Científicas apresenta a concepção de que "um paradigma, é aquilo que os membros de uma comunidade partilham e, inversamente, uma comunidade científica consiste em pessoas que partilham um paradigma", e define "o estudo dos paradigmas como o que prepara basicamente o estudante para ser membro da comunidade científica na qual atuará mais tarde".

Hoisel (1998), autor de um ensaio ficcional, que aborda como a ciência se encontrava em 2008, chama atenção para o aspecto relativo da definição de paradigma, observando que enquanto uma constelação de pressupostos e crenças, escalas de valores, técnicas e conceitos compartilhados pelos membros de uma determinada comunidade científica num determinado momento histórico, é simultaneamente um conjunto dos procedimentos consagrados, capazes de condenar e excluir indivíduos de suas comunidades de pares. Nos mostra como este pode ser compreendido como um conjunto de "vícios" de pensamento e bloqueios lógico-metafísicos que obrigam os cientistas de uma determinada época a permanecer confinados ao âmbito do que definiram como seu universo de estudo e seu respectivo espectro de conclusões ardentemente admitidas como plausíveis (isto nos mostra como nossas ciências são preconceituosas e como o mundo acadêmico é limitado e limitante).

Em seu livro Anais de um simpósio imaginário, Hoisel destaca ainda que uma outra conseqüência da adoção irrestrita de um paradigma é o estabelecimento de formas específicas de questionar a natureza, limitando e condicionando previamente as respostas que esta nos fornecerá, um alerta que já nos foi dado pelo físico Heisenberg quando mostrou que, nos experimentos científicos o que vemos não é a natureza em si, mas a natureza submetida ao nosso modo peculiar de interrogá-la.

“Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”“Época triste a nossa, mais fácil quebrar um átomo do que o preconceito!”“Nenhum problema pode ser resolvido pelo mesmo grau de consciência que o gerou.”
― Albert Einstein

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