O DOMINADOR & O DOMINADO


A maior parte das revoluções que já realizamos com o intento de nos livrarmos da opressão, fracassaram ou o “status quo” anterior voltou a imperar, às vezes de forma até mais violenta.

Matar, morrer ou violentar para impormos um status igualitário é um contrassenso. Quase sempre estaremos lutando em ampla desvantagem, com forças que não terão o menor pudor em fazer uso da violência extrema, para se manter no poder de explorar e escravizar outros seres e pessoas. Isto não quer dizer que não devamos nos opor, enfrentar e destituir de poder tais tipos de autoridades. Até mesmo corruptos, ladrões e assassinos sabem que o maior dos poderes é a inteligência. É de fato isto o que tanto temem e o motivo pelo qual se apegam desesperadamente à mentira, temendo enfrentar.

Para vencer a opressão externa é preciso destituir antes a opressão interna. O mundo exterior é antes de “per se”, uma projeção de nossas ideias, crenças e valores que constituem o pensamento humano, ou são nosso próprio EU! Quando lutamos contra algo externo desta natureza, na verdade estamos enfrentando a humanidade inteira. Um inimigo oculto de respeitável grandeza e poder.

A primeira batalha a ser vencida começa com “sair do jogo”. Abandonar a cumplicidade que existe entre o dominador e o dominado! O dominador é apenas o oportunista que ocupou a depressão psicológica daqueles que clamam por servir um dominador. Enfrentar de fato a raiz do problema significa erradicar o medo psicológico da sua própria mente, que pode estar enterrado há muitos níveis de profundidade.

Medo é uma reação orgânica ha um perigo eminente. No medo psicológico não existe fator de risco real. O primeiro passo para o enfrentamento de qualquer medo é se perguntar do que objetivamente se está tendo medo. O fim deste questionamento lógico, em busca de coerência e consistência, leva inequivocamente a uma sensação ou sentimento condicionado, contra o qual não há nada a fazer posto que é impossível e desnecessário enfrentar um fantasma. O que se há de fazer é simplesmente sentar ante o sentimento-sensação e olhá-lo de frente, sem fugir. Ficar com ele, sem aceitá-lo. O próprio cérebro cederá e criará novos caminhos neurais, promovendo uma mutação nos neurônios para que não caiam mais em tal falácia.

Cabe aqui uma outra revelação libertadora. O que provoca o medo psicológico, nunca está presente ou é real. Trata-se de uma MEMÓRIA, imagem mental ou impressa no inconsciente coletivo. Não é necessário, para enfrentar uma opressão, mesmo que exista a figura de um opressor externo, sobre o qual estejamos projetando nosso medo, que se conheça a CAUSA do problema. A libertação do medo psicológico não depende do conhecimento do opressor externo e não depende também do conhecimento do condicionamento criado por um trauma vivenciado. Embora o medo tenha relação de memória com um fato vivido, o conhecimento deste não liberta o cérebro do medo. O medo está presente, sem causa presente. O medo acontece agora e não existe o elemento deflagrador. Então é de suma importância que se saiba que CAUSA e EFEITO são a mesma coisa. Não importa a causa por que não existe tempo. Memória não é passado e futuro não é imaginação. Só existe o aqui e agora. Por isto o medo psicológico é uma mentira. Cabe a você desmascará-lo.


Destituído o dominador interno façamos o mesmo com o dominador externo, conhecendo seu “modus operandi”.

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